domingo, 10 de julho de 2011

se não tem, faça

frio no rio
de janeiro
de julho
de dois mil e onze
anos depois


novelos caídos marcando o espaço

frio de ombros doídos
de se encolher em cansaço
nenhum exagero
algo de horas poucas

e num súbito intervalo de três horas
o calor do quarto grau abaixo do Equador
devora as expressões
de mamando a caducando
outras ruas, outras rugas
espaço por onde se passa
se não tem, faça

presságio

Um comentário:

Bruno Ferreira disse...

tempos e espaços que coexistem. os gatinhos vão brincando com novelos desde sempre, seja no templo do faraó seja no oitavo andar de um prédio