um lote de afetos embalados a vácuo
mas vácuo não existe nem no espaço
esquecimento faz parte
espaço, sua medida, a experiência
a paciência já se foi
desde as aulas de caligrafia
desde as missas e suas homilias
lorotas e previsões políticas
e veja bem, um cristo escandaliza na sala
fora dos parâmetros do exótico
orixás e caboclos parecem mais em voga
camisetas, chaveiros e nomes de escola
assim é o encantamento calado
responder pra quê
o seu chamado
se só estou
escutando o eco que percorre há anos
em órbitas interpelantes
cantos de sereia
assovio de jibóia
lógicas saíram de moda
encante-se
deitado no conforto
segunda-feira, 18 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
se não tem, faça
frio no rio
de janeiro
de julho
de dois mil e onze
anos depois
novelos caídos marcando o espaço
frio de ombros doídos
de se encolher em cansaço
nenhum exagero
algo de horas poucas
e num súbito intervalo de três horas
o calor do quarto grau abaixo do Equador
devora as expressões
de mamando a caducando
outras ruas, outras rugas
espaço por onde se passa
se não tem, faça
presságio
de janeiro
de julho
de dois mil e onze
anos depois
novelos caídos marcando o espaço
frio de ombros doídos
de se encolher em cansaço
nenhum exagero
algo de horas poucas
e num súbito intervalo de três horas
o calor do quarto grau abaixo do Equador
devora as expressões
de mamando a caducando
outras ruas, outras rugas
espaço por onde se passa
se não tem, faça
presságio
quinta-feira, 7 de julho de 2011
excelência
sentindo umas vontades estranhas
pintar os olhos de preto e sair na guerra do mundo
pintar o preto dos olhos e sair com um soco ecoando
olhos pretos, pálpebra preta, roxa, levamos socos nas ruas
ocas de inércia perdida de alguém, em potência
perdida alguém, eu sou eu, não sou
vendo me vendo, não me vendo, não me vendo
pego meu barco, eu parto no meio do mundo
no meio do mar, do cais da praia que sonho toda noite
no fundo da onda vem chegando lá de longe
nosso veraneio acabou nessa cabana de madeira
com maribondos nos cantos, me farto a comê-los
quero ver quem manda aqui
pintar os olhos de preto e sair na guerra do mundo
pintar o preto dos olhos e sair com um soco ecoando
olhos pretos, pálpebra preta, roxa, levamos socos nas ruas
ocas de inércia perdida de alguém, em potência
perdida alguém, eu sou eu, não sou
vendo me vendo, não me vendo, não me vendo
pego meu barco, eu parto no meio do mundo
no meio do mar, do cais da praia que sonho toda noite
no fundo da onda vem chegando lá de longe
nosso veraneio acabou nessa cabana de madeira
com maribondos nos cantos, me farto a comê-los
quero ver quem manda aqui
Assinar:
Postagens (Atom)