o vazio nos olhos de quem tudo tem
cheios e transbordantes os de quem soube criar
ao longo de anos
a velhice veio em rugas profundas
não para parar o corpo redefinido
reforça o que deixou pro mundo
rumo ao ancestralizar
a dança, a voz e os instrumentos
que me entregam a carta com a descoberta
vinda em sonhos
contados aos anciãos pela manhã
o vigor não mora nos olhos dos mortos ainda em vida
aloja-se nos músculos que mesmo cansados
ainda se jogam no frenesi