paradinha
vendo o tempo passar
gotas de orvalho da madruga
cisco de areia de ampulheta
parado empenho no olho a coçar
incômodo sucede indiferença
nesse verso retomo o gesto de versar
rir da chama do candeeiro
os homens proativos resmungam
a chama bruxuleia risadas
o tempo serpanteia
teu sorriso me conforta
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
acerto erro
para quem não gosta de rasuras
errar o dia
escrever sobre outro
é uma catástrofe
corretivo por cima
página adulterada
é preciso dormir
para estar acordada
acordo com o destino
jamais nos vemos
errar o dia
escrever sobre outro
é uma catástrofe
corretivo por cima
página adulterada
é preciso dormir
para estar acordada
acordo com o destino
jamais nos vemos
intercílio
flores ascendentes ao por do Sol
rumo a uma estrada curta ao longo da noite
anum voa na luz amarela
rumo ao pé de algodão
poderia ter queimado
o fogo foi muito alto e rápido
fogo de palha
anum branco, alma de gato
voa vendo as palmeirinhas
trêmulo frescor
criamos e vivemos bolhas
de ser
volto para casa
com as mãos vazias
a luz do dia
à luz do dia
rumo a uma estrada curta ao longo da noite
anum voa na luz amarela
rumo ao pé de algodão
poderia ter queimado
o fogo foi muito alto e rápido
fogo de palha
anum branco, alma de gato
voa vendo as palmeirinhas
trêmulo frescor
criamos e vivemos bolhas
de ser
volto para casa
com as mãos vazias
a luz do dia
à luz do dia
terça-feira, 4 de novembro de 2014
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