pintar os olhos de preto e sair na guerra do mundo
pintar o preto dos olhos e sair com um soco ecoando
olhos pretos, pálpebra preta, roxa, levamos socos nas ruas
ocas de inércia perdida de alguém, em potência
perdida alguém, eu sou eu, não sou
vendo me vendo, não me vendo, não me vendo
pego meu barco, eu parto no meio do mundo
no meio do mar, do cais da praia que sonho toda noite
no fundo da onda vem chegando lá de longe
nosso veraneio acabou nessa cabana de madeira
com maribondos nos cantos, me farto a comê-los
quero ver quem manda aqui
Um comentário:
suas palavras são imagens, dá pra ver tudo. a gente podia fazer uma base sonora para este poema e mesmo um vídeo. tbm gosto de comer marimbondos
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