Autorretrato mofado, 2012
A fotografia é mãe de déjà vu
A fotografia é mãe de déjà vu
Olho tudo de novo, outra vez, outra vez, outra vez
numa carcaça temporal, deixe um intervalo bom de tempo entre o clique e o observar
observe de novo e relembre como num calhamaço de folhas escritas
esta escrita digital, por vezes analógica, hoje em dia, nessa ordem, localize nos arquivos
Olho de novo e recorto esse olho
meu olho é só um velho
bluesman
deixo que uma única imagem ou sequência me diga o que foi
como sussurando aquela lembrança, faz até cócegas
apagando todo excesso, banha engordurada
Esse é um relato de quem é uma linha
nem sei mesmo como foi que consegui essa foto que vejo agora
É como um sonho que contamos logo depois de acordar
apagando todo excesso, banha engordurada
dê tempo e dê espaço para observar o entre
Queria devolver a foto pra quem me deu aquele sorriso
não precisamos de tantas fotos iguais
é preciso fazer escolhas e devolvê-las
limpar, limpar, limpar
há muita gordura sobrando nos aquivos
[...]
deixo que uma única imagem ou sequência me diga o que foi
como sussurando aquela lembrança, faz até cócegas
apagando todo excesso, banha engordurada
Esse é um relato de quem é uma linha
nem sei mesmo como foi que consegui essa foto que vejo agora
É como um sonho que contamos logo depois de acordar
apagando todo excesso, banha engordurada
dê tempo e dê espaço para observar o entre
Queria devolver a foto pra quem me deu aquele sorriso
não precisamos de tantas fotos iguais
é preciso fazer escolhas e devolvê-las
limpar, limpar, limpar
há muita gordura sobrando nos aquivos
[...]