moça de laço de fita
voz da criança
que é menino, que é menina
a mesma voz da alegria de viver
moça de olhos com fitas
pendurada entre os postes
fios ferozes de cerol
vindos das periferias
ainda como lâmina dali
vai cortar e fará ver
erros e acertos
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu não é meu
notas de dezembro
orientamo-nos aos arquivos
tristes pelo o que não fomos
este ano está acabando
e não deu tempo de usar
nosso próprio arquivo
infinito, bons e maus vizinhos
abacaxi mel, banho de cheiro
reza pra garganta e pro pescoço
frouxos pelo que achamos
que deveríamos ser
neste ano não temos mais dias
suficientes para realizar nada
só confraternizações
perdemos sete dias
e nove noites
com seus intervalos de memória
ativados em lapsos melancólicos
que dá vontade de rir
dá vontade de fugir
mas não há quilombo
nem exílio, nem deserto, nem mar
assim são os dias quando o fogo chega
nos sonhos
incendiando festas
com suas pessoas
no circo foram mortos, feridos e mutilados
no trânsito, um homem ainda se mexe
de sangue rodeado
sobrevive, por quanto tempo
eis a época da natividade
da realidade reduzida à linguagem
tristes pelo o que não fomos
este ano está acabando
e não deu tempo de usar
nosso próprio arquivo
infinito, bons e maus vizinhos
abacaxi mel, banho de cheiro
reza pra garganta e pro pescoço
frouxos pelo que achamos
que deveríamos ser
neste ano não temos mais dias
suficientes para realizar nada
só confraternizações
perdemos sete dias
e nove noites
com seus intervalos de memória
ativados em lapsos melancólicos
que dá vontade de rir
dá vontade de fugir
mas não há quilombo
nem exílio, nem deserto, nem mar
assim são os dias quando o fogo chega
nos sonhos
incendiando festas
com suas pessoas
no circo foram mortos, feridos e mutilados
no trânsito, um homem ainda se mexe
de sangue rodeado
sobrevive, por quanto tempo
eis a época da natividade
da realidade reduzida à linguagem
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
chegando e indo
o mestre morre
ficam os discípulos
indo e chegando
cada um com seu cadinho
ora perdidos, ora atentos
às vezes descontentes
com o caminho
com o destino
nem se lembram mais do mestre
como era a sua face
mas vão seguindo
autodidatas
às vezes de araque
uns transparentes
outros translúcidos
uns pela frente
outros pelo fundo
nada se esgota
mais na frente tem outra
árvore
| não cantamos tudo hoje
deixa o resto pra amanhã
se quebrar tudo hoje
amanhã nada quebra |
o mestre morre
ficam os discípulos
indo e chegando
cada um com seu cadinho
ora perdidos, ora atentos
às vezes descontentes
com o caminho
com o destino
nem se lembram mais do mestre
como era a sua face
mas vão seguindo
autodidatas
às vezes de araque
uns transparentes
outros translúcidos
uns pela frente
outros pelo fundo
nada se esgota
mais na frente tem outra
árvore
| não cantamos tudo hoje
deixa o resto pra amanhã
se quebrar tudo hoje
amanhã nada quebra |
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