a água merda do bueiro
da praia grande
sai pela boca
do grito da cracolância
vizinha do convento das mercês
sem pudor
alguém se banha
lava sua roupa ali
de onde avista
o sol se por
ponta do bom fim
∞
Tombo
a ponta da ponta d'areia
virou península
golpe de marketing
quebra mar
merda de rico na baía
Olhar cidade
ver o que está
movimento rua vazia
a cruz da casa da festa
luz úmida âmbar
os caixões e os cultos
aquela rua das casas dos militares
com seus enfeites de natal
com o guardinha na porta
antes de virar
pro São Marçal
com seu olhar penoso
uma mão pedindo
outra segurando o cajado
assim é
o meio fio todo quebrado
pintado de branco cal
minhas palavras nesse meio fio
a rua com um poste de luz de um lado
e um poste de câmera de outro
minhas palavras quebradas
minha amiga que vigia as câmeras
cada dia mais longe do perto
por um fio
minhas palavras nesse meio fio
a rua com um poste de luz de um lado
e um poste de câmera de outro
minhas palavras quebradas
minha amiga que vigia as câmeras
cada dia mais longe do perto
por um fio
∞
Canto cagado
canto cagado da ágora do Odylo
canto cagado da vida
canto cagado da festa
canto cagado da festa
canto cagado da rua
canto mijado
canto pichado
canto liberdade
canto anarquia
canto despacho
canto
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