sábado, 25 de maio de 2013

planta da casa

me esforço para lembrar do meu sonho
minha casa
frente de taipa bem refinada
piso vermelho, barato, encerado
cuidadosamente por minha amada
um corredor com uma mesa bagunçada
nosso quarto, minha rede
a cozinha, a melhor parte
o quarto dos meninos sempre bagunçado
o banheiro a direita
a porta pro quintal
o abacateiro, o galinheiro
uma escada encostada na parede

não quero fotografias
que apareçam os defuntos que somos
não quero que ninguém guarde minha poesia
nada me tratá de volta suas mãos

você não sabe sentir minha dor de perto
incapaz de vivê-la
em vão desperto na frente da casa
com jardins de plantas roubadas
pequenos galhos que pegaram

sua ladra de plantas!

Nenhum comentário: