Morro de fogo
um vulcão eclodindo como um ovo
lavas de luzes formam
um elefante medonho.
Quem tem medo daquele lugar?
Eu vi faces apavoradas
e espelho refletindo minha tensão.
Vimos a cidade de lá
como um outro universo
também eclodindo
fogos de ano novo
sinais de fogo
de um povo que precisa ver
enquanto lá, no seu topo
somente o vento frio reveste
os dois irmãos
separados
por zonas
nada mais categórico.
Lembro do meu corpo contraindo
como se estivesse com a febre da peste
o frio do pensamento
em movimentos involuntários
e ainda assim
descemos até o mar
para verificar sinais de ambundância para todos.
Os peixes que pulam do cardume
não tem dono algum
nem as gaivotas que espreitam
nem os olhos dos homens.
O coletivo mantém o uno
quando não é multidão.
Subimos o Apoador
uma pedra lunar
só
pra ver
até onde somos capazes de subir
e não montar em outros homens.
Um comentário:
leio e vejo as imagens passando e nelas um silêncio de quem viu tudo e volta calado dos mistérios do universo
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