quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

as corujas agora moram
ao lado do meu quarto
um canto arranha céu
e trincheiras de sonhos exatos

não as vejo
mas aqui elas estão
não como a lembrança de uma maldição
mas um grito de proteção

pegando rato
matando na unha

*

penso pela ingenuidade que passamos
e aquela que ainda move nossos lábios
infantis
perguntas de primeira ordem
e respostas silenciosas

seu alcance é uma chama
que esfria na ponta
fiquemos juntos, porém calados

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