as corujas agora moram
ao lado do meu quarto
um canto arranha céu
e trincheiras de sonhos exatos
não as vejo
mas aqui elas estão
não como a lembrança de uma maldição
mas um grito de proteção
pegando rato
matando na unha
*
penso pela ingenuidade que passamos
e aquela que ainda move nossos lábios
infantis
perguntas de primeira ordem
e respostas silenciosas
seu alcance é uma chama
que esfria na ponta
fiquemos juntos, porém calados
Nenhum comentário:
Postar um comentário