segunda-feira, 15 de novembro de 2010

limpeza

me sinto melhor agora, com a casa arrumada
com o cheiro de roupa passada
o piso sem poeira instalada

com o dia que chega cedo
uma luminância que sinto antes mesmo de abrir os olhos

a saída do túnel pela cidade

há algo de novidade no samba dos vizinhos
na sombra da fresta da porta que projeta o Sol que roda
o altar com sua vela que queima, pára
e queima de novo, com a nossa supervisão
para trocá-la assim que for
preciso

sinto-me bem como o guardião do estábulo
dos cavalos que irão para a guerra

Um comentário:

Bruno Ferreira disse...

percebo como um ritual para o sagrado. você guardiã tem nos olhos a força da espera