a caneta é com que escrevo
minha história
com a ponta rachada ao cair no chão
escorre a tinta e tudo borra
escorre a tinta e tudo borra
já se foram os intrusos
agora
a água dissolve o que tanto custou elaborar
outrora
e aquilo que não rabisquei
me persegue de forma sonora
esqueci o trocadilho
poemas esquecidos
tem gosto de sonhos não lembrados
não adianta forçar
eles vêm em epifania
Nenhum comentário:
Postar um comentário