dizem: não misture tempos
do relógio e do vento
da chuva e do calendário
misturo
e de lá cato os versos esculpidos pelo acaso
misturo as rotações deslocadas dos astros
localizando-os no fio desenrolado
o tempo da poesia
do tempo à eternidade
a eterna poesia
recebo o imprevisto
a cada dejà vu
cauda de cometas
acordes de amigos
sonhos inacabados
o que controlo é bem pouco
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