quinta-feira, 1 de maio de 2014

viagens

fiz minha mala e ainda sonho
tô sonhando agora mesmo com o que eu sou deveria havia seria sou sido
um sonho levando malas
malas são sonhos com roupas limpas e sujas
guardadas dentro de sacos para não contaminar
mas também a música que inspira a poesia que chega
lembrando

é possível é possível impossível possível não importa

leões e atmosferas noturnas
daqui e de lá e daí e de onde você está
onde eu estou também tanto faz para a conversa que temos agora

levo espelhos na bagagem
e penas no coração
fazendo cócegas e colorindo a alma

cores e a atmosfera noturna
o céu azul mais limpo
estampando bandeiras e comendo as cartas
com o fogo atmosférico do instante arrebatador

quero você mas mais ainda me quero aqui agora mesmo comigo mesmo eu mesmo

eu suporto estar só nessa viagem
pode vir marchas fúnebres ou vermes na tigela
tenho um lenço branco na mala
que tudo limpa com amor de um bordado de mãe no canto esquerdo
toda cidade pequena lembra a cidade onde tua mãe nasceu

sou eu um monólogo dessa estrada
sou a cordilheira que vejo da janela do meio de transporte mais interno
a fonte do mistério vem do alto das cordilheiras





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