vejo o rio lá de longe
o pão de açúcar
a localização do cristo
mas não ele
vejo o que o rio não vê
no meio da baía
navios insavores
com sua água da lastro
na nossa água
os rastros de todos nós
e de quem nem vive
anos de derrota
vejo o bico do papagaio
a merda branca das gaivotas
a nossa merda preta
flutuando no pet
depositada nas praias
com o desenho sincrônico da maré
nem na ponte
muito menos na vista mar
veriam o útero da baía
que sempre expele
a contento
sua placenta
aguardem
vejam
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