domingo, 11 de dezembro de 2011

chegando e indo
o mestre morre
ficam os discípulos
indo e chegando
cada um com seu cadinho
ora perdidos, ora atentos
às vezes descontentes
com o caminho
com o destino
nem se lembram mais do mestre
como era a sua face
mas vão seguindo
autodidatas
às vezes de araque
uns transparentes
outros translúcidos
uns pela frente
outros pelo fundo
nada se esgota
mais na frente tem outra
árvore

| não cantamos tudo hoje
deixa o resto pra amanhã
se quebrar tudo hoje

amanhã nada quebra |

Um comentário:

Bruno Ferreira disse...

Lembro-me do Caibalion:

Existiu sempre um punhado de homens Para cuidar do altar da Verdade, em que mantiveram sempre acesa a Lâmpada Perpétua da Sabedoria. Estes homens dedicaram a sua vida a esse trabalho de amor que o poeta muito bem descreveu nestas linhas:

"Oh! não deixeis apagar a chama! Mantida De século em século Nesta escura caverna, Neste templo sagrado!Sustentada por puros ministros do amor! Não deixeis
apagar esta divina chama!

Estes homens nunca procuraram a aprovação popular, nem grande número de prosélitos. São indiferentes a estas coisas, porque sabem quão poucos de cada geração estão preparados para a verdade, ou podem reconhecê−la se ela Ihes for apresentada. Reservam a carne para os homens feitos, enquanto outros dão o leite às crianças. Reservam suas pérolas de sabedoria para os poucos que conhecem o seu valor e sabem trazê−las nas suas coroas, em vez de as lançar ao porco vulgar, que enterrá−las−ia na lama e as Misturaria com o seu desagradável alimento mental.
"