estamos circulando
para cima e para baixo
arrastando está
a canção do serpentário
às vezes nem se olha
nem pra cima nem pra baixo
só segue
arrastar acelerado
e quando não se aguenta mais
se segura mais um pouco
no corrimão
quantas mãos passam por ali
deslizando as linhas dos seus destinos
somos mais temerosos que os meninos
travessos, escorregam brincando
naqueles que os apóiam
*
caimos em casa a noite
contemplando só o teto
poucos segundos antes do último açoite
não fizemos nada
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