seus dedos feridos de tanta angústia
a água arde
e o silêncio...
surge um monstro sem cabeça
um deus antropomórfico negado
legado das cidades, aglomerados
quem compreende esse dia
quem um dia compreendeu
quem o corrompe
o silêncio
na velocidade da luz
a mais veloz
propaga
até que surga um choro
do nascimento
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