sexta-feira, 22 de outubro de 2010

em duas gerações
que fosso dado

uma distância secular
do dado jogado
fortuito legado
que levamos

boas combinações
mesmo tendo seca
pé rachado
migração forçada

e eu, uma falsa peregrina
segurando suas mãos
como se fossem raios

essa fé me atinge
e eu, uma pedra abalada
me extingo
daquilo que queimou
sem chama lançada

folhas secas
cintilância do calor
árvores que parecem mortas
mas disfarçam

Um comentário:

Bruno Ferreira disse...

apermanência das gerações me fazem pensar numa parede que pegou sol a tarde toda e quando está escuro ainda encontra-se morna