terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Janaína
sem eu te esperar
veio até mim
como uma onda interna
traz uma flor pequena
eu mesma te segurei
te aparei para não despencares
fruto maduro
com a cabeça para baixo
eu estava sentada
você veio
com tamanha naturalidade
para minha surpresa
teu corpo pequenino
na superfície de minha pele
buscou o seio
aquele sangue que manchara a roupa
não era lua minguante
era cheia
e apesar de não haver compreendido
a fluidez com que veio
mostrara-me a força das águas
Janaína
veio até mim
como uma onda interna
traz uma flor pequena
eu mesma te segurei
te aparei para não despencares
fruto maduro
com a cabeça para baixo
eu estava sentada
você veio
com tamanha naturalidade
para minha surpresa
teu corpo pequenino
na superfície de minha pele
buscou o seio
aquele sangue que manchara a roupa
não era lua minguante
era cheia
e apesar de não haver compreendido
a fluidez com que veio
mostrara-me a força das águas
Janaína
Janaína
sonhei que dançava para ti
cantava músicas e chamadas
numa casa de praia
via o dia nascer
procurei onde dormir
mas estava desgarrada
Janaína
sonho com teu mistério
e acordo na praia daqui
a onda revirando resíduos
do que somos
do que está por vir
de nós
pobres ingratos
cantava músicas e chamadas
numa casa de praia
via o dia nascer
procurei onde dormir
mas estava desgarrada
Janaína
sonho com teu mistério
e acordo na praia daqui
a onda revirando resíduos
do que somos
do que está por vir
de nós
pobres ingratos
lição
queria pegar uma flor
para fazê-la secar
e assim guardá-la
a criança sugeriu
― tia, deixa a florzinha cair
para fazê-la secar
e assim guardá-la
a criança sugeriu
― tia, deixa a florzinha cair
∞
a mulher queria
a mulher queria
guardar borboletas em livros
a tia sugeriu-lhe
― ô dona, deixa a borboleta morrer
o bicho
o bicho da goiaba é a goiaba
o bicho da mente é a mente
o bicho da gente é a gente
o bicho não mente
é o que é
sua parte
que mexe
enoja
às vezes nos faz
jogar a fruta fora
a fruta que a planta nos deu
porque a aguamos
mas não reconhecemos agora
o bicho da mente é a mente
o bicho da gente é a gente
o bicho não mente
é o que é
sua parte
que mexe
enoja
às vezes nos faz
jogar a fruta fora
a fruta que a planta nos deu
porque a aguamos
mas não reconhecemos agora
Assinar:
Postagens (Atom)