Fico lembrando dos seus gestos
suas mãos de zelo
elo
Tento repetir alguns deles
Eles naturalmente chegam em mim
como uma mensagem na pele
Queria
poder
te eternizar com minhas palavras
Quiçá, qui sais...
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
maternal
Estou vendo a casa vazia
que criança aqui corria.
A abelha que seu dedo esporou
deixou a marca, o inchaço
frio, calor.
É assim está esta sala
com um jarro de flores
murchando no canto
a morte não vem em um relâmpago
eu também estou morrendo
não é só você...
- Sou eu quem trago
as flores pra te dar
um sorriso, um conforto, um colo.
- Passamos tanto tempo ligadas
quando desligar?
*
A casa está vazia
mas só a vejo, porque estou dentro
dela.
que criança aqui corria.
A abelha que seu dedo esporou
deixou a marca, o inchaço
frio, calor.
É assim está esta sala
com um jarro de flores
murchando no canto
a morte não vem em um relâmpago
eu também estou morrendo
não é só você...
- Sou eu quem trago
as flores pra te dar
um sorriso, um conforto, um colo.
- Passamos tanto tempo ligadas
quando desligar?
*
A casa está vazia
mas só a vejo, porque estou dentro
dela.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O que passa
como um atraso
se estamos em urgência
sem duração
chega a notícia
do passo
profundo desencontro de pés
olhos esbugalhados pelas ruas
vendo o filme que passa
logo ao lado, no pedaço
um estouro que se confunde
com um som amplificado.
como se nada tivesse acontecido
sinto que sou o som
que só você escuta na planície
um meteoro, talvez...
Eu pasto.
como um atraso
se estamos em urgência
sem duração
chega a notícia
do passo
profundo desencontro de pés
olhos esbugalhados pelas ruas
vendo o filme que passa
logo ao lado, no pedaço
um estouro que se confunde
com um som amplificado.
como se nada tivesse acontecido
sinto que sou o som
que só você escuta na planície
um meteoro, talvez...
Eu pasto.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
limpeza
me sinto melhor agora, com a casa arrumada
com o cheiro de roupa passada
o piso sem poeira instalada
com o dia que chega cedo
uma luminância que sinto antes mesmo de abrir os olhos
a saída do túnel pela cidade
há algo de novidade no samba dos vizinhos
na sombra da fresta da porta que projeta o Sol que roda
o altar com sua vela que queima, pára
e queima de novo, com a nossa supervisão
para trocá-la assim que for
preciso
sinto-me bem como o guardião do estábulo
dos cavalos que irão para a guerra
com o cheiro de roupa passada
o piso sem poeira instalada
com o dia que chega cedo
uma luminância que sinto antes mesmo de abrir os olhos
a saída do túnel pela cidade
há algo de novidade no samba dos vizinhos
na sombra da fresta da porta que projeta o Sol que roda
o altar com sua vela que queima, pára
e queima de novo, com a nossa supervisão
para trocá-la assim que for
preciso
sinto-me bem como o guardião do estábulo
dos cavalos que irão para a guerra
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
na praia calma chega a ventania
levando dos guarda-
sóis e alguma alegria de sábado a tarde
subimos a rocha
e para aderir
tiramos sapatos e fazemos dos nossos dedos
garras de carne
e o vento dificulta
da medo olhar lá embaixo
no pé do elefante tem
muitas árvores de pelúcia
o tamanho depende da distância
e o som da água chega de longe
adentrando cada poro da pedra
levando dos guarda-
sóis e alguma alegria de sábado a tarde
subimos a rocha
e para aderir
tiramos sapatos e fazemos dos nossos dedos
garras de carne
e o vento dificulta
da medo olhar lá embaixo
no pé do elefante tem
muitas árvores de pelúcia
o tamanho depende da distância
e o som da água chega de longe
adentrando cada poro da pedra
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